Câmara de Mafra aprova amanhã abertura do concurso para Instalação do Museu da Música no Palácio de Mafra

Palácio Nacional de Mafra

 

O Museu Nacional da Música encontra-se atualmente instalado na estação de metro Alto dos Moinhos, mas o protocolo estabelecido entre aquele museu e o Metropolitano de Lisboa já terminou, e o museu procurou então por novas instalações, que acabou por encontrar no Palácio Nacional de Mafra.

Em 2019, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e o Município de Mafra assinaram um protocolo de colaboração para a instalação do Museu Nacional da Música no Palácio Nacional de Mafra.

Depois da fase de elaboração do projeto, chegou agora o momento de partir para a execução da obra. Um dos pontos propostos pela maioria para discussão e aprovação na reunião do executivo da câmara de Mafra agendada para amanhã, passa pela abertura do Concurso Público para execução da empreitada referente à Instalação do Museu Nacional da Música no Palácio Nacional de Mafra.

O preço base do concurso público terá o valor de 5.138.086,00 € (cinco milhões, cento e trinta e oito mil e oitenta e seis euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor. Após a adjudicação do contrato, o prazo de execução da obra será de 365 dias

Mas afinal onde vai ficar e como vai ser o Museu Nacional da Música (MNM)?

Na análise da instalação do MNM no Palácio de Mafra enumeraram-se os principais aspetos positivos e negativos desta instalação.
Aspetos positivos:
– a dignidade do imóvel;
– a morfologia dos espaços – áreas, pés-direitos e interrelacionamento das salas;
– uma área útil disponível global superior a 3.000 m2;
– a possibilidade de usufruir de equipamentos já existentes, em regime de partilha, quer dentro da DGPC, quer com outras instituições – loja, acolhimento do público ou outros espaços;
– a grande inércia térmica do imóvel, particularmente nas salas da fachada virada a Norte;
– a existência de estacionamento para os visitantes;
– a recente valorização da envolvente.

Aspetos negativos:
– a pouca flexibilidade de articulação entre espaços, ou seja, a forte limitação de alterar a sua morfologia devido ao valor patrimonial do imóvel, implicando a necessidade de ajustamento do programa funcional aos espaços existentes;
– as dificuldades de instalação de condutas de AVAC (climatização) nas salas de exposição;
– a grande volumetria das salas. Para controlar os gastos de energia com a climatização e considerando as dificuldades do ponto anterior, deverão ser encontradas soluções mínimas de conforto e de estabilidade da humidade relativa. Salienta-se a necessidade de ter condições ambientais idênticas dentro e fora das vitrinas.

O atual plano prevê a instalação do MNM  no “andar nobre da ala Norte do Palácio, em espaços anteriormente ocupados pela Escola Prática de Infantaria” o que permitirá a “criação de uma unidade museológica com funcionamento autónomo relativamente às outras entidades que ocupam este conjunto monumental”.

A entrada para o Museu da Música será efetuada pela mesma porta principal de entrada no Palácio irá contar com uma segunda entrada, situada na fachada Norte, que servirá para serviço do museu, e poderá ser utilizada como acesso para eventos ou para entrada de grupos organizados.

O museu irá ocupar três níveis diferentes do edifício: a cave, o piso térreo e o andar nobre.

Na Cave devem ser instaladas as reservas, expurgo, oficinas de conservação e espaços técnicos.

No Piso térreo deve situar-se o acolhimento ao público, onde se inclui um espaço para introdução do museu aos visitantes e uma cafetaria. A bilheteira, a loja, instalações sanitárias e outros espaços para apoio técnico, nomeadamente segurança, serão partilhadas entre o Museu e o Palácio.
No Andar Nobre devem localizar-se as salas de exposição permanente, e de exposição temporária, um espaço polivalente que funcionará como auditório para concertos de música de
câmara; uma sala para serviço educativo; gabinetes técnicos e da Direção; instalações sanitárias e espaços técnicos e de apoio.
As salas do MNM vão situar-se entre o torreão norte e o topo nascente da ala (excetuando-se a Sala do Trono e a capela militar); conjunto de salas compreendidas entre o topo norte e a Biblioteca.

As intervenções necessárias para a instalação do MNM no PNM, vão ocorrer “apenas ao nível do interior do edificado e essencialmente de conservação e restauro, devendo a intervenção de remodelação ser restringida à absoluta necessidade de adaptação de espaços às funções exigidas, obras de conservação, nomeadamente no que respeita a vãos de madeira interiores e exteriores e acabamentos”.

Espera-se que a abertura ao público do Museu Nacional da Música nas suas novas instalações em Mafra possa ocorrer durante o ano de 2025.

 

 

 

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